quarta-feira, 17 de novembro de 2010


Família Disfuncional - Gerando Carências




Em um mundo decaído, não existem famílias perfeitas. Os filhos têm muitas necessidades: físicas (comida, abrigo, roupas); emocionais (amor, aceitação, afirmação); intelectuais (a oportunidade de desenvolver habilidades para a vida diária e desenvolver a intelectualidade); e necessidades espirituais (orientação sobre conhecer a Deus pessoalmente e amadurecer nesse relacionamento). Porém uma família disfuncional é aquela que, constantemente, deixa de atender a algumas dessas necessidades ou a todas elas. Alguns exemplos de famílias disfuncionais da Bíblia: de Isaque (Gn 25:19; 28:9), de Jacó (Gn 29:14; 35:26; 37:1; 38:30), de Eli (1Sm 2:12-36; 3:11-14) e de Davi (2Sm 11:1; 19:8).


As famílias disfuncionais possuem padrões em comum: não conversam, não há dialogo entre eles; quando se comunicam, na maioria das vezes, criticam algum membro, fala algo negativo, xingam, mantendo segredos de família; como no caso a violência sendo ela verbal, física, ou sexual, as vezes tem algum membro que é usuário de drogas, alcoólico, muitas vezes agindo como se nada estivesse acontecendo, fazendo de conta que não vêem, ignorando comportamentos inapropriados e tendo uma percepção distorcida da realidade; não sentem, deixando de levar em consideração emoções verdadeiras; não confiam, vivendo em isolamento e temendo que mais promessas deixem de ser cumpridas; os filhos lutam desesperadamente para alcançar a perfeição, tentando preencher as expectativas dos pais.


Exemplos de família disfuncionais



  • Rejeição (como recusar-se a reconhecer o alcoolismo de um pai ou de um filho adolescente; ignorar episódios de abuso sexual), também conhecido como “o elefante na sala”;
  • Falta de empatia entre os membros da família;
  • Falta de limites claros (como tomar como seu a propriedade de outros; toques inapropriados entre familiares);
  • Ordens e mensagens não muito claras;
  • Pais divorciados ou separados;
  • Comportamento adúltero ou promíscuo envolvendo os pais ou os filhos adolescentes;
  • Extremos em conflito (desde pequenas discussões até brigas terríveis).
Sinais de pais nada saudáveis
  • Desrespeito
  • Intolerância emocional (os membros da família não são permitidos a expressar emoções "erradas", como chorar e "demonstrar fraqueza")
  • Comportamento ridículo e menosprezada
Estilos de pais disfuncionais
  • Manipuladores (pais narcisistas);
  • Abusadores (pais que abusam físico, verbal ou sexualmente de seus filhos para dominá-los);
  • Privação
  • Dogmático como uma seita
  • Perfeccionismo
  • Apaziguamento
Efeitos nas crianças

Crianças que crescem numa família disfuncional têm adotado um ou mais dos papéis básicos apresentados abaixo:
  • O Filho Bom – aquele que assume o papel de pai;
  • O Filho Problemático – aquele que é culpado pela maioria dos problemas e pode também ser cotado como responsável pela disfuncionalidade da família, tornando-se às vezes o único emocionalmente estável;
  • O Filho Babá – aquele que se torna responsável pelo bem emocional da família;
  • O Filho Perdido – aquele que é inconspícuo, quieto, que necessita de mais e recebe de nada; constantemente ignorado e escondido;
  • O Filho Mascote – aquele que se usa de comédia para distrair os demais dos problemas familiares;
  • O Filho Cabeça – aquele que se torna oportunista, capitalizando sobre as faltas de seus próprios parentes para conseguir o que bem deseja.
Eles também podem:
  • Pensar somente em si mesmo para fazer sua infância diferente, supervalorizando o amor-próprio;
  • Desconfiar dos outros;
  • Dificuldade em expressar emoções;
  • Baixa auto-estima e auto-imagem prejudicada;
  • Dificuldade em formar relacionamentos saudáveis com os outros;
  • Sentir-se bravo, ansioso, depressivo, isolado dos outros, ou sem-valor;
  • Perpetuar comportamentos disfuncionais em seus próprios relacionamentos (principalmente nos filhos);
  • Perder a habilidade de brincar ou ser criança, e talvez “crescer rápido demais”.
  • Sempre são ensinados a viver longe de suas famílias.

Como não se trata de um problema orgânico, não há como tratar com remédios a família disfuncional. Acredita se que as causas da doença e da desestruturação familiar estão no funcionamento psíquico dos membros da família.

Não podemos falar em questões orgânicas, assim, não há como tratar de forma medicamentosa uma família. Claro que existem as repercussões individuais das doenças familiares, que algumas vezes podem se beneficiar do uso de drogas medicamentosas. Mas, deve-se esclarecer, que não é um tratamento para a família e sim para um sintoma de um dos membros da estrutura familiar". Por exemplo, um membro psicótico pode ser beneficiado com o uso de algumas medicações, em casos específicos. Há os casos de melancolia e de lutos patológicos, nestes casos o uso de medicamentos pode ser eficaz.

O tratamento da família disfuncional, portanto, deve ser feito, através de psicoterapias familiares de base psicanalítica. Dessa forma, pode-se trabalhar todas as nuances envolvidas no comprometimento do relacionamento interpessoal dos membros das famílias. No caso das dependências químicas, não basta apenas realizar um tratamento com o membro dependente de drogas. É fundamental e imprescindível que o dependente busque tratamento, mas não podemos esquecer que ele é o reflexo de um conflito familiar.

A família está doente como um todo e deve ser tratada. O ideal, nesses casos, é que o paciente identificado tenha ajuda individual e que a família inicie uma psicoterapia familiar, com a presença de todos os seus membros. Assim as dificuldades individuais e familiares estarão sendo trabalhadas.

Existe Cura?

Há possibilidades real de melhoria nos padrões de relacionamento familiar, em função de um bom trabalho psicoterápico. Quando pensamos em cura devemos ter alguns cuidados, evidentemente, um padrão que existe há anos em um grupo familiar não será modificado de uma hora para outra, sem deixar marcas. Contudo, a qualidade afetiva do relacionamento entre os membros de uma família, a definição dos papéis de cada um, pode ser bastante melhorada, gerando bons frutos para todos os membros. Cada pessoa de uma família deve assumir a sua parcela de 'doença' e de responsabilidade pelos problemas de um grupo familiar. Assim, todos poderão viver melhor, sem utilizar um único 'bode expiatório' para todos os conflitos de um grupo.

Extraído:

Wikipédia: pt.wikipedia.org/wiki/Família_disfuncional

A Bíblia da Mulher - Fámília Disfuncional

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17/11/2010 as 11:06

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